quarta-feira, 1 de setembro de 2010

aprovado

Nesse dia 3 de agosto de 2010, às 19h 30 min, o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei que reduz a carga horária dos assistentes sociais em todo o País para 30 horas semanais e sem redução salarial. A votação da nova jornada para os assistentes sociais foi tão esperada, que vários representantes da categoria fizeram uma mobilização durante todo o dia e foram ao Senado conversar com os senadores.




A FENAS estava mobilizada desde às 10h da manhã, circulando na Esplanada dos Ministérios com carro de som e faixas que traziam as principais lutas do movimento sindical da categoria. Uma comitiva da diretoria executiva nacional esteve com o Presidente do Senado, José Sarney entregando o manifesto de apoio ao Projeto assinado pelos 12 sindicatos da Federação.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

serviço social em Cuba

Atualmente, a maior ilha das Antilhas não esconde a satisfação de manter vivos os princípios de sua revolução e de abordar com eles os novos desafios políticos, sociais e econômicos desse início do século XXI.



Por Juan Antonio Zúñiga, em La Jornada, México



O desenvolvimento da medicina permitiu-lhe converter a venda desses serviços em sua principal fonte de divisas. Mas o turismo, que atualmente contribui com cerca de 2 bilhões de dólares por ano, avança decididamente para se tornar o principal motor do crescimento.



Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Cuba é o país da região com a maior proporção de mulheres em seu Parlamento, 43%; é a sociedade com a menor taxa de analfabetismo, de 2,1%; tem a menor taxa de mortalidade entre crianças menores de cinco anos, 6 por cada mil nascidos vivos; tem em média um médico para cada 150 habitantes - o país que se segue é o Uruguai, com um para 235 -; registra uma taxa de desemprego praticamente inexistente e os seus habitantes têm uma expectativa de vida que aumentou de 59,5 anos, em 1955, para 78,6 anos, hoje.



Frente ao vendaval que abalou o mundo capitalista em 2009, com sua pior crise desde a Segunda Guerra Mundial, a economia cubana foi quase uma exceção na América Latina e no Caribe. O produto interno bruto per capita aumentou 1%, enquanto a média para a América Latina diminuiu 2,9% e, no Caribe, a contração foi de 2,7%, segundo indica a mesma fonte.



Em 19 de outubro de 1960, quando o Departamento de Estado dos EUA ordenou o embargo comercial e econômico para afogar a ilha, sua revolução e suas aspirações libertárias, a economia cubana dependia em 80% da norte-americana. Desde então, até hoje, cada um dos mais de 19 mil dias transcorridos foi um triunfo para Cuba e seus habitantes. Em quase 52 anos já passaram 11 presidentes republicanos e democratas pela Casa Branca nos Estados Unidos, sem que nenhum tenha se atrevido a levantar o embargo, apesar de seu óbvio fracasso.



Mas talvez a situação mais crítica para a revolução cubana não tenha sido provocada pelos EUA. Veio do colapso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e seus aliados do Leste Europeu, a principal fonte de apoio energético e de intercâmbio comercial de Cuba. A União Soviética deixou de existir oficialmente em 21 de dezembro de 1991 e, com isso, o fornecimento de petróleo e gás para a ilha caiu a níveis mínimos.



Em 1993, o consumo de energia em Cuba foi 48% inferior ao de 1990 e representava a metade do valor registrado em 1985. Por sua vez, a economia da ilha caiu 32,3% entre 1990 e 1993. Neste contexto, deu início a um drástico programa de austeridade econômica e arrocho de energia em que toda a população participou.



Sem o apoio do antigo bloco socialista, a revolução cubana se viu novamente ameaçada. Em um esforço extraordinário, o chamado período especial durou mais de uma década, em que não faltaram agressões perpetradas por grupos terroristas sediados em Miami, na Florida. Até que, em 2004, a economia da ilha alcançou a mesma dimensão que tinha em 1990.



Atualmente, a magnitude da produção de bens e serviços da economia cubana é 38,5% maior que a alcançada há seis anos. Seguramente por isso, um muro no setor Miramar de Havana proclama hoje: "Quando o impossível se torna possível, isso é a revolução".

Pierre Bourdieu


Pierre Félix Bourdieu (Denguin, 1 de agosto de 1930 — Paris, 23 de janeiro de 2002) foi um importante sociólogo francês.




De origem campesina, filósofo de formação, chegou a docente na École de Sociologie du Collège de France, instituição que o consagrou como um dos maiores intelectuais de seu tempo. Desenvolveu, ao longo de sua vida, mais de 300 trabalhos abordando a questão da dominação e é, sem dúvida, um dos autores mais lidos, em todo o mundo, nos campos da Antropologia e Sociologia, cuja contribuição alcança as mais variadas áreas do conhecimento humano, discutindo em sua obra temas como educação, cultura, literatura, arte, mídia, lingüística e política. Também escreveu muito analisando a própria Sociologia enquanto disciplina e prática. A sociedade cabila, na Argélia, foi o palco de suas primeiras pesquisas. Seu primeiro livro, Sociologia da Argélia (1958), discute a organização social da sociedade cabila, e em particular, como o sistema colonial interferiu na sociedade cabila, em suas estruturas e desculturação. Dirigiu, por muitos anos, a revista "Actes de la recherche en sciences sociales" e presidiu o CISIA (Comitê Internacional de Apoio aos Intelectuais Argelinos), sempre se posicionado clara e lucidamente contra o liberalismo e a globalização.

Sua discussão sociológica centralizou-se, ao longo de sua obra, na tarefa de desvendar os mecanismos da reprodução social que legitimam as diversas formas de dominação. Para empreender esta tarefa, Bourdieu desenvolve conceitos específicos, retirando os fatores econômicos do epicentro das análises da sociedade, a partir de um conceito concebido por ele como violência simbólica, no qual Bourdieu advoga acerca da não arbitrariedade da produção simbólica na vida social, advertindo para seu caráter efetivamente legitimador das forças dominantes, que expressam por meio delas seus gostos de classe e estilos de vida, gerando o que ele pretende ser uma distinção social.



O mundo social, para Bourdieu, deve ser compreendido à luz de três conceitos fundamentais: campo, habitus e capital.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

serviço social

SERVIÇO SOCIAL




É uma profissão de caráter sócio-político, crítico e interventivo, que se utiliza de instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para análise e intervenção nas diversas refrações da “questão social”, isto é, no conjunto de desigualdades que se originam do antagonismo entre a socialização da produção e a apropriação privada dos frutos do trabalho. Inserido nas mais diversas áreas (saúde, previdência, educação, habitação, lazer, assistência social, justiça, etc) com papel de planejar, gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços sociais, o assistente social efetiva sua intervenção nas relações entre os homens no cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho sócio-educativo e de prestação de serviços.



É uma das poucas profissões que possui um projeto profissional coletivo e hegemônico, denominado projeto ético – político, que foi construído pela categoria a partir das décadas de 1970 –1980 e que expressa o compromisso da categoria com a construção de uma nova ordem societária, mais justa, democrática e garantidora de direitos universais. Tal projeto tem seus contornos claramente expressos na Lei 8662 – 93, no código de Ética Profissional – 1993 e nas Diretrizes Curriculares.



A profissão de assistente social surgiu no Brasil na década de 1930. O curso superior de Serviço Social foi oficializado no país pela lei nº 1889 de 1953. Em 27 de agosto de 1957, a Lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15 de maio de 1962, regulamentou a profissão. Em virtude das mudanças ocorridas na sociedade e no seio da categoria um novo aparato jurídico se fez necessário de forma a expressar os avanços da profissão e o rompimento com a perspectiva conservadora. Hoje a profissão encontra-se regulamentada pela Lei 8662 de 07 de junho de 1993 que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e Conselhos Regionais. E, fundamentalmente, define em seus artigos 4º e 5º, respectivamente, competência e atribuições privativas do assistente social.



Além da Lei, contamos também com o Código de Ética Profissional que veio se atualizando ao longo da trajetória profissional. Em 1993, após um rico debate com o conjunto da categoria em todo o país, foi aprovada a quinta versão do Código de Ética Profissional, instituída pela Resolução 273/93 do CFESS.



O Código representa a dimensão ética da profissão, tendo caráter normativo e jurídico, delineia parâmetros para o exercício profissional, define direitos e deveres dos assistentes sociais, buscando a legitimação social da profissão e a garantia da qualidade dos serviços prestados. Ele expressa a renovação e o amadurecimento teórico-político do Serviço Social e evidencia em seus princípios fundamentais o compromisso ético-político assumido pela categoria.



TRAJETÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL







A emergência e institucionalização do Serviço Social como especialização do trabalho ocorre nos anos 20 e 30, sob influência católica européia. Com ênfase nas idéias de Mary Richmond e nos fundamentos do Serviço Social de Caso, a técnica está a serviço da doutrina social da Igreja.



Nos anos 40 e 50 o Serviço Social brasileiro recebe influência norte-americana. Marcado pelo tecnicismo, bebe na fonte da psicanálise, bem como da sociologia de base positivista e funcionalista/sistêmica. Sua ênfase está na idéia de ajustamento e de ajuda psico-social. Neste período há o início das práticas de Organização e Desenvolvimento de Comunidade, além do desenvolvimento das peculiares abordagens individuais e grupais. Com supervalorização da técnica, considerada autônoma e como um fim em si mesma, e com base na defesa da neutralidade científica, a profissão se desenvolve através do “Serviço Social de Caso”, “Serviço Social de Grupo” e “Serviço Social de Comunidade”.



Nos anos 60 e 70 há um movimento de renovação na profissão, que se expressa em termos tanto da reatualização do tradicionalismo profissional, quanto de uma busca de ruptura com o conservadorismo. O Serviço Social se laiciza e passa a incorporar nos seus quadros segmentos dos setores subalternizados da sociedade. Estabelece interlocução com as Ciências Sociais e se aproxima dos movimentos “de esquerda”, sobretudo do sindicalismo combativo e classista que se revigora nesse contexto.



O profissional amplia sua atuação para as áreas de pesquisa, administração, planejamento, acompanhamento e avaliação de programas sociais, além das atividades de execução e desenvolvimento de ações de assessoria aos setores populares. E se intensifica o questionamento da perspectiva técnico-burocrática, por ser esta considerada como instrumento de dominação de classe, a serviço dos interesses capitalistas.



Com os “ventos democráticos” dos anos 80, inaugura-se o debate da Ética no Serviço Social, buscando-se romper com a ética da neutralidade e com o tradicionalismo filosófico fundado na ética neotomista e no humanismo cristão. Assume-se claramente no Código de Ética Profissional, aprovado em 1986, a idéia de “compromisso com a classe trabalhadora”. O Código traz também outro avanço: a ruptura com o corporativismo profissional, inaugurando a percepção do valor da denúncia (inclusive a formulada por usuários). No âmbito da formação profissional, busca-se a ultrapassagem do tradicionalismo teórico-metodológico e ético-político, com a revisão curricular de 1982. Supera-se, na formação, a metodologia tripartite e dissemina-se a idéia da junção entre a técnica e o político. Há ainda a democratização das entidades da categoria, co, a superação da lógica cartorial pelo Conjunto CFESS/Cress, que conquista destaque no processo de consolidação do projeto ético-político do Serviço Social.



Nos anos 90, se verificam no âmbito do Serviço Social os efeitos do neoliberalismo, da flexibilização da economia e reestruturação no mundo do trabalho, da minimalização do Estado e da retração dos direitos sociais. O Serviço Social amplia os campos de atuação, passando a atuar no chamado terceiro setor, nos Conselhos de Direitos e ocupa funções de assessoria entre outros. Discutindo a sua instrumentalidade na trajetória profissional, ressignifica o uso do instrumental técnico-operativo e cria novos instrumentos, como mediação para o alcance das finalidades, na direção da competência ética, política e teórica, vinculada à defesa de valores sócio-cêntricos emancipatórios. Partindo do pressuposto da necessidade da capacitação continuada, o Serviço Social busca a ultrapassagem da prática tecnicista, pretensamente neutra, imediatista ou voluntarista.



Nos anos 2000 esta conjuntura provoca novas disputas em torno da questão social e do papel a ser cumprido pelas políticas sociais, verifica-se a proliferação de cursos de graduação privados de baixa qualidade, implementação do ensino de graduação à distância, com prejuízo ao ensino presencial. Reduz-se a capacidade de mobilização em torno de projetos coletivos, o que gera novos desafios para a luta pela consolidação dos direitos da população usuária dos serviços prestados pelos assistentes sociais.



Esses elementos apontam para a necessidade de fortalecer o projeto ético-politico profissional, que vem sendo construído pela categoria há mais de três décadas.



FONTE: CRESS

( por CLÁUDIO MELO )

esporte como ferramenta social

A construção do homem novo atravéz do esporte:


O esporte tem uma contribuição importante pra sociedade sob o ponto de vista de que sua prática regular promove saúde e bem estar, fornecendo melhor qualidade de vida, assim como permite maior sociabilidade ao apromixar os adeptos das mesmas modalidades.

Além disso, o esporte permite a ocupação dos jovens, evitando suas debandadas para a criminalidade.

Os eventos esportivos permite a interação entre culturas diferentes, como nas Olimpíadas, o que torna as pessoas mais tolerantes com os diferentes comportamentos humanos.

Também é uma oportunidade de trasmitir alegria mesmo em momentos de dor, como ocorreu com a seleção iraquiana, campeão recentemente da Copa da Ásia de futebol, mesmo em meio a guerra, o povo saiu nas ruas pra comemorar a conquista, mesmo sob o risco de atentados, na seleção do Iraque havia sunitas, xiitas, curdos e cristãos, povos que vivem em guerra civil, mas que formaram um time vencedor quando trabalharam juntos.

O esporte pode ser também um meio de inserção na sociedade, como os atletas do para-pan, de superação de limites, com os recordistas mundiais e até de propaganda política, como ocorreu durante a Guerra Fria com os boicotes de EUA e URSS, quando os jogos olímpicos ocorreram em 1980 em Moscou (por parte dos americanos) e em 1984 em Los Angeles (por parte dos soviéticos), ou de protesto, por parte dos atletas americanos que levantaram luvas negras no pódio olímpico de 68, revoltados com o racismo que ocorria nos Eua.